sexta-feira, 30 de março de 2012

Nunca abandone seus AMIGOS

Aqueles olhinhos pareciam duas bolitas negras que estavam gastas com tempo. Tentei me aproximar, mas a resposta que tive foi uma corrida desesperada de horror. Naquele instante já imagina ser a consequência de uma dura vida.

Então decidi me aproximar aos poucos. Levei uma tigelinha de água e outra de comida por dias... E bem lentamente ia ganhando a confiança daquele amigo que me faria de confidente.

Naquela manhã de primavera fazia um leve friozinho, mas recebia de presente a branda luz do sol com perfume das belas e coloridas flores. Foi nesse dia que finalmente consegui, pela primeira vez, manifestar o meu carinho por aquele vira-lata pulguento e sarnoso. Pude encostar uma das mãos na sua cabeça e em seguida ele estava de barriguinha pra cima, me pedindo mais carinho, todo confiante. Não esperei ao menos um segundo para corresponder aquele pedido dengoso. E assim conquistei a amizade mais fiel que já pude ter.

E o cão me seguiu para casa e a minha casa se tornou um lar. Comida, água, carinho, amor, respeito e cuidados que aquele ancião canino merecia, estavam à disposição.

E aqueles olhinhos que pareciam duas bolitas negras voltaram a brilhar. Porém naquele brilho eu ainda conseguia enxergar a sequelas de momentos foscos que outra foram vividos. Ahhhh como eu queria entender o que passava com aquele cusco... Eu ficava vigiando seu modo de deitar com as patinhas perto do rosto e tentava ler através aquele olhar o motivo de tanta tristeza... E logo que o cão me pegava com esses pensamentos, ele se aprochegava como quem dizia: "não se preocupe, agora estou bem". Mas mesmo assim, continuava carregando comigo a preocupação e certa curiosidade em conhecer aquela história de vida...

Parecia que aquele cão me conhecia desde a infância, tudo que eu matutava ele respondia com um carinhoso gesto, mas eu não apresentava mudanças... Eu queria saber...

Foi então que um dia meu netinho veio me visitar. O cão já era tão velho quanto eu e não tinha disposição para jogar bola com o guri. Mas eu senti que naquele dia o cão ia me confidenciar suas lembranças da tenra idade.

O cão se levantou, procurando mostrar toda a energia que lhe restava e foi para perto do guri que corria, pulava, gritava... Então ele começou a abanar o rabinho e a latir, até que conseguiu a atenção do piá. Ele não conseguiu dar uma volta inteira correndo, mas durante toda manhã foi um ótimo companheiro: virou um super-herói naquele dia. Meu neto, com uma toalha presa no pescoço era um forte e honroso homem que defendia as pessoas e salvava o planeta, ao lado o melhor amigo: o super cão, que tinha o poder de falar com pessoas e defender os animais de todo perigo.

A brincadeira durou horas, até que a manhã se foi... Chegou a tarde e o cão foi para ao lado do meu filho. Repitiu o mesmo processo que fez com o netinho: abanava o rabinho e latia para chamar a atenção, mas desta vez não funcionou muito bem, o máximo que conseguiu foi o resto dos ossos que haviam sobrado do churrasco. O cão se mostrou leal e não desistiu de chamar a atenção do meu filho, que sem paciência deu uns gritos com o pobrezinho. Mesmo assim, o cachorro insistiu em ficar ao seu redor, o acompanhava para cima e para baixo, o que foi tirando ainda mais a paciência daquele homem que acabou por dar-lhe um pontapé. O cachorro se deitou quieto e qualquer coisa que fazia era reprimido. Não podia andar livremente, não podia andar, estava abandonado, sem ter alguma atenção.

E assim foi vindo o anoitecer e a hora da despedida chegou. O guri correu pro lado do cachorro e o abraçou como quem agradecia pela gostosa brincadeira. Já do meu filho, o cão teve que se chegar, e levou outra ralhada. Pai e filho entraram no carro e o cão os seguiu. O cachorro olhou tristemente para as portas que se fechavam e aguardou a partida, quando o carro tomou velocidade, o cusco começou a correr, correr, correr... Como que se desejasse alcançá-los e foi aí que eu pude perceber a vida daquele cusco que tinha olhos como bolitas negras...

Ele foi o verdadeiro companheiro, amigo fiel de infância duma criança que pode crescer feliz com sua companhia, até que chegou o dia que a família queria partir, mas o cão era um estorvo, assim o chefe de família, aquele homem que deveria dar o exemplo de bondade e dignidade tomou a parva decisão: colocou o cão dentro do carro, o levou para bem longe e o abandonou...

O cão leal tentou alcançá-los, mas nunca conseguiu... Ficou sem lar, sem ter como sobreviver, sofreu violência de toda sorte até que aprendeu a se amedrontar daqueles que considerava como melhor amigo...

O cão parou de correr atrás do carro e voltou para mim, no seu olhar carregava a explicação de tudo... Ele pôs a se sentar ao meu lado e vimos as estrelas aparecerem naquela noite. Minhas lágrimas rolavam e cão me consolava como se dissesse "agora estou bem, não se preocupe". Embora meu ser estivesse dotado de uma tristeza profunda por conhecer a realidade daquela vida, me sentia infinitamente agradecido, pois em um dia eu aprendi uma lição que valia pela vida inteira, mas que até então, na beira da  minha velhice, nenhum homem tinha me ensinado, mas que tive a oportunidade de aprender com um simples vira-lata que era cheio de pulgas, sujo, fedido e sarnento.

Mal pude dormir de emoção naquela noite, mas a escuridão e o silêncio ajudaram a acalmar a agitação que se passava em mim. O cão estava deitado comigo, com a cabeça na minha barriga e com os olhos voltados para mim, me observando, e assim foi meu vigia até finalmente pregar os olhos.

Quando consegui adormecer, o cão voltou para sua cama que ficava perto do fogão a lenha. Pelo menos era o que eu pensara até notar o seu sumiço... Procurei o cão campo a fora, até encontrá-lo com o corpinho gelado e sem movimento ao lado do local onde eu começara a lhe dar água e comida.

E mais uma vez levei uma lição do meu amigo de quatro patas: são nos pequenos e simbólicos gestos que a gente mostra a gratidão.

E por mais que eu quisesse continuar a contar as peripécias daquele cusco e tudo que aprendi com ele, não conseguiria, pois as lágrimas das lembranças não permitem expressar tão grandiosos sentimentos.


Esta é uma história fictícia criada por Daiélli Raymundo, que pode ser divulgada a vontade, desde que a fonte seja citada.




AMIGO NÃO SE COMPRA. ADOTE UM CÃO.

ADOTAR É UMA RESPONSABILIDADE. A VIDA DO ANIMAL VALE TANTO QUANTO A NOSSA. NÃO ABANDONE SEUS AMIGUINHOS DE QUATRO PATAS.




Esta é a Dolly (ou Lu, como preferirem), ela foi doada para meu irmão por um vizinho, quando éramos pequenos. Ela se apegou a mim e eu a ela. Foi minha melhor amiga de infância e faleceu com câncer. Tive a companhia dela até o início do Curso Normal (Ensino Médio). Infelizmente, ela ficava aos cuidados da minha avó que arbitrariamente  se adonou dela e que infelizmente não nos ouvia quando falávamos sobre a alimentação errada...



Essa cadelinha fofa será a minha mais nova amiga. Após muitos anos sem ter um animalzinho por perto, tomei a decisão de assumir a responsabilidade com a adoção dela. Embora seja a primeira vez que eu cuidarei pessoalmente de uma cadelinha, quero que a minha casa seja um verdadeiro lar, repleto de amor, carinho, respeito e cuidados. Seja bem-vinda!!!



Conheça o Projeto Quatro Patas e a ONG Peludinhos de Rua
http://projetoquatropatassm.blogspot.com.br/
http://www.facebook.com/peludinhosderua

segunda-feira, 12 de março de 2012

Quem canta a música da Johnsons Shampoo? É a mesma voz do Ratinho do Catelo Rá-Tim-Bum?



 Embora eu não goste muito da marca, em primeiro lugar, porque todos os bebês Johnsons que eu já vi são loiros de olhos azuis e pele bem clarinha (e nem vou entrar no mérito da discussão agora), mas acredito que as pessoas concordam comigo no seguinte ponto: há outras belezas além dessa que está presente nas atuais publicidades da J&J, e se ainda elas não estão presentes (eu digo em uma quantidade significativa) deveriam estar. Em segundo lugar, porque a marca ainda realiza testes em animais, embora eu não seja uma vegana, não consigo concordar com tais experiências, afinal a reação no animal não é, em geral, a mesma no humano, assim como há alternativas mais eficientes para testar os produtos, isso tudo sem contar aqueles valores (como o amor e o respeito, por exemplo) que englobam o problema.  (Agora voltando para o início e objetivo do post), ao ver um dos últimos comerciais (vídeo abaixo) eu senti uma grande nostalgia, por me lembrar a gostosa época da infância, quando eu assistia o Castelo Rá-Tim-Bum, um dos melhores programas infantis na minha singela opinião. O motivo para esse instante saudoso é bem simples, a música da propaganda é cantada pelo Luiz Tatit, o mesmo cantor que emprestou sua voz para o Ratinho do Castelo mais famoso do Brasil.


Comercial da J&J

 

Trecho do programa Castelo Rá-Tim-Bum, pode comprar a voz é a mesma!

 

Luiz Tatit 
Aqui você pode conhecê-lo melhor:  http://www.luiztatit.com.br/home/index.php


Agora você já sabe: se perguntarem quem canta a música do Ratinho do Catelo Rá-Tim-Bum, a resposta é Luiz Tatit. Ou se perguntarem se quem canta a música da Johnsons Shampoo é a mesma pessoa que faz a voz ratinho, a resposta é SIM!